Durante grande parte da história, perfumes eram utilizados sem distinção de gênero — aromas eram escolhidos por preferência pessoal, função ritual ou status social. No entanto, ao longo do século XX, com o crescimento da indústria cosmética e a consolidação do marketing como ferramenta de consumo em massa, a perfumaria passou a ser fortemente segmentada entre “feminina” e “masculina”.

As campanhas publicitárias começaram a associar determinadas notas olfativas a ideais culturais de gênero: florais suaves, doces e almiscarados foram ligados ao feminino, enquanto amadeirados, cítricos e especiados passaram a representar o masculino. Frascos, cores e nomes também seguiram essa lógica, reforçando estereótipos estéticos e emocionais.

Essa estratégia não apenas guiou escolhas de consumo, como também moldou a percepção sensorial de gênero por gerações. Hoje, no entanto, há um movimento crescente em direção à perfumaria de gênero fluido ou neutro, retomando a ideia de que fragrância é, acima de tudo, uma experiência pessoal — livre, sensorial e subjetiva.

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